quinta-feira, dezembro 09, 2010

Curso de Produção de Moda em Belém


Belém respira moda, isso é fato. São duas as faculdades que possuem um curso na área e pra quem é apaixonado pelo assunto ou fez disso um negócio, aperfeiçoamento e novidades são essenciais. Realizado pela primeira vez dentro de um shopping da cidade “Produção de Moda” é um curso que vai esclarecer como funciona a atividade desse profissional que pode atuar da moda adulto e infantil até na culinária.
A paraense Grazi Ribeiro, que ministrará o curso, garante que a diferença entre produtor e stylist ficará bem clara no decorrer das aulas. “O público ainda confunde bastante o papel de cada um. Os dois trabalham em sintonia, mas o produtor é aquele que corre atrás do processo e o stylist pensa o conceito que deverá ser executado, cria o estilo”, conta Grazi.


A fonte de tanta criatividade é a informação aliada ao conhecimento teórico. Cinema, televisão, história, artes, música, maquilagem, fotografia e tudo que possa incentivar o processo de construção de um conceito formam o produtor de moda. Grazi Ribeiro reforça que Belém já tem um calendário fixo de eventos e a produção de moda é uma ótima oportunidade para fazer marketing da marca e de um produto. “Muitas pessoas me procuram dizendo que fizeram um desfile de sua loja e não saiu como imaginaram, pois não sabiam o que escolher, então, o investimento foi por água abaixo”, finaliza.
Grazi Ribeiro é paraense, produtora de moda desde 2007, formada em Letras (UFPA)e Moda (UNAMA), especialista em Figurino e é mestranda em Artes (UFPA).

Texto: Luciula Romana/Gaby Comunicação

Serviço:
Curso Produção de Moda com Grazi Ribeiro
Local: Boulevard Shopping Belém – Auditório do estacionamento G5
Data: Dias 11 e 18 de dezembro de 2010 (sábados)
Horário: De 9h às 11h30 e 15h às 17h30
Duração: 10 horas
Vagas: 30 participantes
Inscrições: Centro Empresarial Bolonha – 3033-3406 – Falar com Camila
Realização: Boulevard Shopping e Escola Porfolio

sábado, dezembro 04, 2010

Farrah Fawcett ganha homenagem da Mattel

Ícone da cultura pop e considerada uma das mulheres mais lindas do mundo na década de 1970, a atriz americana Farrah Fawcett (1947-2009), que ficou famosa por sua atuação na série As Panteras, recebeu uma grande homenagem da Mattel, fabricante da boneca Barbie.
A musa ganhou uma única versão em forma de boneca que foi vendida por nada menos que 1.500 dólares, ou cerca de 2.250 reais. A doll de Farrah foi colocada à venda no dia dia 16 de novembro, no site Barbie Collector e em menos de 20 minutos foi comprada por um colecionador. Não era para menos!



  Farrah na pele de Jill Munroe, sua personagem em As Panteras (1976)

quinta-feira, dezembro 02, 2010

Caixa de Criadores começa neste domingo


A próxima edição do Mercado de Moda Caixa de Criadores, de 5 a 9 de dezembro, na Estação das Docas, promete ser diferente de todas as outras. Durante os cinco dias, a programação, além de ser dedicada à moda e design feitos por jovens profissionais de Belém, vai celebrar os quatro anos do projeto, que chega também à marca de 10 edições.
A comemoração de aniversário, que tem o patrocínio do Sebrae-PA, vai contar com desfile, música, cinema, ação social, palestras e ações promocionais. Mais de 70 marcas de moda autoral, distribuídas em 40 estandes, vão participar desta edição do projeto, criado como espaço alternativo para divulgação de jovens estilistas e designers.
O Caixa de Criadores foi pioneiro como evento de lançamento sazonal de novos criadores e comercialização de produtos autorais. Segundo os organizadores, Clara Carneiro, Diogo Carneiro, Fernando Hage, Jackye Carvalho e Júnior Oliveira, mais de 130 marcas paraenses já passaram pelo mercado, que foi visitado por cerca de 50 mil pessoas e movimentou, em todas as edições, R$ 500 mil em vendas, aquecendo o segmento de moda e design da região.
A 10ª edição do projeto, que começa no domingo, dia 5, das 16h às 24h, e segue até o dia 9, quinta-feira, promete superar esses números, que também estarão em evidência na exposição “4 anos de Caixa de Criadores”. Por meio de fotos, roupas e textos, a exposição vai mostrar a evolução do Caixa ao longo desse tempo.
A abertura oficial do evento ocorrerá no dia 5, às 20h, junto com o desfile de lançamento das novas coleções, restrito a convidados. Dez marcas paraenses vão mostrar, na passarela, o que trouxeram de novidade para esta edição. Depois, no lounge da Cerpa, haverá som na Caixa, com os Djs Geraldo Nogueira e Mariana Jares (BemBom).
Mas a programação musical não se restringirá a apenas uma noite. Diariamente, das 18h até as 24h, coletivos de Djs vão se revezar na mesa de som – dentre eles, Se Rasgum, Durango 95, Eric rKr, Bulhufas, Black Soul Samba, Querocausar, Xoc, Hype, Baile Tropical e Djs Jú Carvalho, Bina Jares e Emídio.
Já no dia 7 de dezembro, às 22h, o som ficará sob a responsabilidade da Banda Tio Nelson, que lançará seu segundo CD, no Teatro Maria Silvia Nunes, em um show promovido pela Organização Social Pará 2000, como parte da programação da 10ª edição do evento. Os integrantes prometem um musical teatral, com figurino e cenário especialmente criados para o show. O ingresso custa R$20 - com meia-entrada na porta do teatro - e dá direito a um CD da banda.
Na área de moda e cinema, haverá a exibição do filme ‘A Jovem Rainha Vitória’, ganhador do Oscar de melhor figurino 2010. Marcado por intrigas e romance, o filme mostra os bastidores políticos da corte britânica e será exibido nos dias 8 e 9, no Oi Cine Estação, nas sessões de 18h e de 20h30. Os ingressos custam R$ 7,00, com meia-entrada para estudantes.
E para quem quiser conhecer melhor como funciona o universo da moda em Belém, haverá bate-papo com gente que entende do assunto. Na segunda-feira, dia 6, às 16h, Renan Viana e Natália Viana, do blog Ideias Vestíveis, falam sobre a rotina de lidar com a informação de moda; no mesmo dia, 6, a modelo Livia Soares relata a experiência de ter a passarela como principal ambiente de trabalho. No dia 7, às 16h, Maécio Monteiro, do Projeto Reconstruções, explica como são feitos objetos de ecodesign, a partir da reutilização do lixo; logo depois, às 18h, Fernando Hage lidera a discussão sobre "Moda como Política Cultural". Tudo com entrada franca.
Promocional - Outra ação do caixa é via celular. Acionando o Bluetooth no local do evento, o público poderá participar de promoções e sorteios e receber informações sobre a programação do evento. O serviço, feito pela Doxa Comunicação, garantirá também o envio de fundo de telas especiais com temática referente aos quatro anos do mercado. Haverá ainda sorteio por meio do twitter do Caixa de Criadores, do Blog Ideias Vestíveis, do site Ecleteca e da MTV, parceiros do evento.
Ação Social – O público do evento também será instigado a ajudar a quem precisa. Baseado no princípio da solidariedade e da cooperação, o Caixa de Criadores vai realizar a campanha “Solidariedade e educação também desfilam aqui”, com objetivo de arrecadar material escolar às crianças e adolescentes atendidas pela Escola Prosseguir, do Hospital Ophir Loyola. A escola foi criada há 7 anos, com objetivo de assegurar o direito à educação aos estudantes que estão em tratamento oncológico no hospital. Atualmente, já são mais de 150 pessoas atendidas pelo projeto. As doações poderão ser feitas em postos de arrecadação, que estarão distribuídos no espaço do evento.

Marcas participantes da 10ª edição do Caixa de Criadores:

Adue, Bela Rosa, Bugigangas Biju, Caboquisse, Casa Bricolada, Casa 252, CaverockB, Citron Pressé, Confraria by faro, Cubo Mágico, D’cácia, Égua de Camiseta, Eubelem, Frau, Hanna Mariah, J&L, Kdesign Acessórios, Lala&Luxo, Lead Stely, Loja Colabora, Mamãe que Faz, Maria Belém, Mariana Bibas, Menem Skateboarding, Moda Mix Sebrae, Moda Pará, Ná figueredo, Naisha Cardoso, Petit Jolie, Reálity, Reconstruções, Remaneschy, Renata Segtowick, Risoflora, Soul Jackye, Sugar sugar, Vivi e Maria Gabola e Zigfrida.

Serviço: Mercado de Moda Caixa de Criadores – 10ª edição, de 5 a 9 de dezembro, das 14h às 24h, na Estação das Docas, com entrada franca. Patrocínio: Sebrae-PA. Realização: Caixa de Criadores e Associação Moda Pará. Parceiros: Cerpa e Cikel. Apoio: Ecleteca, Ideias Vestíveis, Impulso Design, MTV, Sol Informática e Unama. Apoio instititucional: Organização Social Pará 2000. Informações: 3242 6001, www.caixadecriadores.com e @caixadcriadores.

Texto:  Avisi Comunicação (Lidiane Campos e Ize Sena)

terça-feira, novembro 23, 2010

Caixa de Criadores em dezembro


Já começou a circular nos sites e blogs de moda o novo fly do Caixa de Criadores, que acontece em Belém, em dezembro, na Estação das Docas (para mim, este é o melhor espaço da cidade para abrigar o evento). 
O design tá lindo! Aliás, tinha quer ser. Afinal o evento está completando quatro anos de incentivo e divulgação do trabalho dos estilistas paraenses.
Eu já tô na maior expectativa quanto a programação paralela desta edição. Haverá, além de desfiles e venda de produtos, cinema e palestras. Os filmes e os palestrantes ainda não foram divulgados. Estamos aguardando, povo do Caixa!

Fique ligado e acompnhe tudo no blog: www.caixadecriadores.blogspot.com

domingo, novembro 21, 2010

Lino Villaventura realiza desfile em Belém


Mais que um evento especial, um retrospecto dos 30 anos de carreira do estilista Lino Villaventura. Assim foi o desfile apresentado na última quinta-feira, 18, no shopping Boulevard, em Belém, cidade natal de Lino e de onde, certamente, vieram suas primeiras inspirações para criar uma moda autêntica e que conquista admiradores até no Oriente Médio.
Sob a organização de Paulo Borges, o desfile apresentou grandes modelos de Lino, desde os criados nos anos de 1990 e lançados nas passarelas do Morumbi Fashion, - evento embrionário do que hoje é a São Paulo Fashion Week -, até às recentes coleções Inverno 2010 e Verão 2011 (Luxury Spring Summer). Esta última com seus modelos de tecidos retorcidos, repletos de molas e meias coloridas. Aliás, cor é uma marca forte no trabalho de Lino Villaventura e isso pôde ser visto bem de pertinho no desfile do Boulevard. Um exotismo não exagerado, mas na medida certa com cores sóbrias como o preto, o marrom e o cinza.
Foram 46 modelos no total, entre femininos e masculinos. Para vestir as criações tops de pompa internacional como Viviane Orth, estrela da SPFW nos últimos três anos, além de modelos locais que tiveram a oportunidade de desfilar peças de um dos mais importantes estilistas brasileiros, a partir dos anos de 1980.
O momento também foi de retorno às raízes para Lino Villaventura que emocionou-se ao final do desfile e ao receber o carinho de amigos e fãs paraenses. Criado entre os bairros do Umarizal e da Cidade Velha, Lino diz que adora vir à Belém e observar os paralelepípedos da avenida Tamandaré, seu último endereço, até mudar-se para o Rio aos 18 anos e, posteriormente, para Fortaleza. Ele é apaixonado pelos casarões da Cidade Velha, mas disse, com o exclusividade ao Degradê da Moda, que está triste com o descaso dado aos prédios que adorava admirar quando menino. “Não gostei de ver o patrimônio histórico se perder, abandonado, mas tenho esperança que projetos como o Monumenta retornem à cidade para recuperá-lo”.
Hoje é difícil discutir, e os pensadores e criadores da moda recusam-se a afirmar, que existe uma moda brasileira. Mas o certo é que não importa qual seja o local da passarela, se Belém do Pará ou Paris. Por onde desfilarem modelos de estilistas como Lino, sempre se identificará um detalhe de brasilidade, seja nas cores, no design, nos tecidos e em outros materiais usados para compor a peça. “Sou descendente de holandeses e índios”, orgulha-se Lino, cuja família é natural de Soure, na Ilha de Marajó, terra natal de outro ícone da moda brasileira: Dener Pamplona de Abreu. Quem sabe dessa origem venha a miscelânia de culturas brasileiras, tão peculiar às suas criações.

Confira a seguir alguns clicks do desfile by revista Sopro/Isaac Lôbo:

 Viviane Orth abre o desfile com um longo negro

Luxo, sol e cor: look da coleção Verão 2011


 Suspensórios e preto, detalhes muito presentes na moda masculina do estilista









 Chapéus extravagantes, inspirados e pássaros e borboletas: um destalhe a mais no Inverno 2010 de Lino







Aplausos para ele!

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E o Degradê da Moda dedica este post a quatro jovens amantes da moda: Thiago Santos, Juliene, Daniela e Rafael. Todos são fãs de Lino Villaventura e dizem que após ver o desfile do ídolo sentiram-se mais incentivados a trabalhar com moda, desenhando croquis, desfilando e customizando peças. Beijos ao grupo!

Paulo Borges no Boulevard Collection

 Foto: Divulgação

Diretor artístico da São Paulo Fashion Week quer incentivar a cultura de moda em Belém e aproveita para adiantar ao Degradê da Moda novidades sobre os 15 anos da maior semana de moda do país

Paulo Borges esteve recentemente em Belém para organizar o 1.º Boulevard Collection, desfile que aconteceu nos dias 17 a 18 deste mês, apresentando as principais tendências nacionais, além do desfile-retrospectiva dos 30 anos de carreira do estilista paraense Lino Villaventura.
Segundo Borges, além da continuidade à parceria que já mantém há vários anos com a empresa Aliance, responsável pelo Shopping Boulevard, sua presença em Belém vai além da realização de desfiles e exposições. “Acredito que a partir desses eventos é possível criar uma cultura de moda na cidade. As pessoas começam a se interessar mais pelo assunto. Até mesmo incentivando novos talentos, novos criadores, modelos”.
Para ele, a moda tem um grande poder educacional porque envolve conhecimento, arte e cultura. Um estilista, por exemplo, para criar seus modelos precisa ter uma considerável carga cultural.
Na passarela do Boulevard Collection, Paulo Borges apresentou coleções lançadas nas últimas semanas de moda nacionais, mescladas à cultura amazônica, como pinturas indígenas presentes na maquiagem das modelos e em adornos como cocares de tribos. “Mostramos roupas de vários lugares, mas personificadas na cultura local”, afirma.
Criar uma cultura de moda no Brasil para ele é um trabalho com prazo de 30 anos para ser concretizado (estamos na metade do caminho, afirma ele). Paulo sempre foi apaixonado por moda desde a infância, quando pedia para a mãe levá-lo todos os sábados para assistir às cerimônias de casamento da cidade onde morava no interior de São Paulo. Se encantava com o figurinos dos noivos e convidados e com a estrutura toda dos eventos. Começou a organizar pequenos desfiles até ser convidado pela pioneira do jornalismo de moda no país, Regina Guerreiro, para trabalhar com ela na Vogue. Ia às semanas de moda internacionais, “furando o cerco” e “pegando emprestado” convites das editoras de moda na recepções dos hotéis, quando estas não faziam caso dos mesmos (ele se hospedava nos mesmos lugares que elas). Histórias curiosas de quem ama a moda.
Na década de 1990 organizou o Morumbi Fashion, desfile que por suas mãos, se transformaria, mais tarde, na maior semana de moda do Brasil. “No ano que vem vamos comemorar 15 anos da São Paulo Fashion Week e para os próximos 15 não vamos parar por aí. Estamos sempre em busca de novos desafios”.
Já em clima de aniversário, Borges adiantou para o Degradê da Moda que está preparando três grandes projetos para celebrar os 15 anos da SPFW. O primeiro deles é um documentário a ser exibido pelo canal pago GNT; um livro com imagens dos desfiles ao longo dessa temporada, em parceria com uma editora internacional e para ser distribuído em todo o mundo. O terceiro projeto é literário: outro livro, desta vez contando a história da SPFW, a cargo da editora Publifolha e do jornalista Alcino Leite, que por longo tempo escreveu a coluna Última Moda, da Folha de S. Paulo. Já estamos na expectativa, Paulo!

Vejas as fotos do desfile Boulevard Collection by Revista Sopro/Isaac Lôbo








domingo, novembro 07, 2010

Bastidores da Moda no Boulevard


Quem morar ou passar por Belém durante este mês, não pode deixar de visitar a exposição Imagens da Moda, com fotografias dos bastidores do mundo fashion, sob a curadoria de Paulo Borges, diretor criativo da São Paulo Fashion Week e da Fashion Rio
Em breve vou postar aqui um pouco da conversa que tive com Paulo, no dia do lançamento da expô, ok? Abaixo, mais fotos e o texto de abertura da Imagens da Moda, enviado pela Assessoria de Imprensa do Boulevard Shopping.

Bjs

Exposição “Imagens da Moda” traz bastidores dos desfiles nacionais

O que acontece nos bastidores de um desfile? Como fazer, produzir e exibir moda no Brasil? A moda vive de movimentos, contrações, (re) leituras e rupturas. Mostrar, exibir, externar. A criação no mundo da moda está ligada a revelações inter-pessoais e milhares de olhares. A exposição “Imagens da Moda” estréia nesta sexta-feira, 05, no 2º Piso do Boulevard Shopping, e traz a Belém Paulo Borges para apresentar esse mundo.
A exposição tem o desafio de mostrar ao público como é que um grande evento de moda acontece. Desfilar uma roupa talvez seja a etapa mais importante no processo de produção de moda e, por isso, as 40 fotografias espalhadas pelos corredores do shopping no 1º, 2º e 3º pisos revelam que as roupas deixaram de ser apenas as vestes que encobrem o corpo. A roupa é símbolo, código, linguagem, expressão. Os desfiles são as plataformas de lançamento de idéias.
O conceito da exposição segue quatro movimentos: Novas idéias das passarelas das últimas edições dos eventos, com os lançamentos Verão 2010/2011. Editorial de moda, fotografado por Fábio Bartelt, em que vários estilistas posam ao lado de suas criações. Fotografias dos backstages dos desfiles, por Renato De Cara. Apresentar a proposta inovadora de ffwMAG!, conduzida por Graziela Peres, diretora de criação da revista. A ideia é ressaltar os avanços de marcas, criadores e investidores que hoje colocam o Brasil em posição de destaque no cenário fashion internacional.
Para traduzir melhor essas constatações, a revista ffwMAG! traz a Belém um painel fotográfico do Calendário Oficial da Moda Brasileira, com curadoria de Paulo Borges, diretor criativo do São Paulo Fashion Week e Fashion Rio, e do editor de moda Paulo Martinez, o stylist mais importante do país.
As fotos selecionadas são imagens fortes dos ensaios feitos para a Revista Mag! Coleções. Os momentos que antecedem os desfiles (ou a tensão que se projeta antes da realização de um ensaio de moda) geram expectativa e anseiam por respostas. A platéia é puro enigma. O leitor que folheia a revista de moda é quase incógnito. Desfilar é se lançar no espaço.
Entre nessa passarela. Nem que seja em sonho. Alguém vai ver você. Movimentos vão acontecer. Moda é risco. Signo. Susto. Brilho. É sombra. É velocidade. É movimento.

Exposição Imagens da Moda

quarta-feira, outubro 20, 2010

Lino Villaventura a preço mais em conta

Modelito de Lino. Foto de Paulo Liebert (AE)
Um jornal de Belém (PA) publicou nesta semana que o estilista paraense Lino Villaventura (que eu particularmente adoooro!) vai ser tema de um desfile, ainda este mês, num shopping da cidade, em homenagem aos seus 30 anos de carreira.
Eu e muita gente, tenho certeza, estamos na expectativa para o dia desse evento. Tomara que tenha muitos modelitos criados por ele e curiosidades sobre o início da carreira desse talentoso ícone da moda brasileira atual. Claro, tudo muito colorido e artesanal, bem ao estilo dele.
E por falar em Lino Villaventura, segue uma recente matéria publicada no site do Estadão, anunciando que o estilista acaba de lançar uma nova marca com preços mais acessíveis para as fashionistas. Não é demais? Moda de primeira linha por um precinho mais em conta.

Olha só:

Moda para todos. Ou quase. Esta deveria ser a palavra de ordem da nova marca de Lino Villaventura, a Villaventura. Para os fãs deste paraense que ‘virou estilista’ no Ceará e ganhou o Brasil, e o exterior, com seu estilo artesanal de fazer alta-costura, a boa notícia é que a segunda grife trará a mesma linha de criação da primeira mas a preços mais acessíveis.
Em se tratando de moda, ‘mais acessíveis’ não significa ‘pechincha’. A faixa de preço varia de R$ 300 a R$ 1.900, mas, quando o assunto é o estilo único de Antonio Marques dos Santos Neto (seu nome de batismo), a Villaventura chega em hora mais que apropriada.
Em tempos da democrática fast fashion, quando ‘moda acessível’ virou quase sinônimo de produção em massa e muitas vezes com matéria prima e acabamento duvidoso, ter uma peça by Lino pode significar um ‘meio do caminho’ possível. “Sempre me perguntaram por que não fazia uma moda mais casual, para o dia a dia, que mantivesse minha assinatura. Finalmente dou a resposta. E estou feliz com a nova fase”, contou Lino ao Estado enquanto mostrava as novas peças, que acabaram de chegar às suas lojas de São Paulo e Fortaleza, além de multi-marcas.
Há que se admitir que um vestidinho by Lino, ainda que ‘para o dia a dia’, vai ter sempre cara de ‘peça exclusiva’. Mesmo em um pretinho básico, estão ali as nervuras, pregas, texturas, linhas coloridas e assimetrias que tanto encantam as fãs dos desfiles coloridos que Lino leva à passarela da São Paulo Fashion Week.
Na lista de materiais, confortáveis jérsei de seda, malha de algodão e viscose e malha, em um mistura de versáteis camisetas, regatas, T-shirt dresses e vestidos estampados e lisos. “A mesma pegada artesanal das minhas coleções se mantém. Não conseguiria fazer nada muito simples. Desde a primeira peça que criei, há mais de 20 anos, é o trabalho artesanal que faz com que as pessoas reconheçam minha assinatura.”
Por falar na primeira peça, ela ainda existe, e está bem guardada. “Foi um colete que, nos anos 70, dei de presente para a Inez, na época minha namorada e hoje minha mulher. Eu não entendia nada de moda, mas adorava criar. Como não tinha dinheiro para comprar um presente, resolvi fazer eu mesmo um. E ‘costurei’ um colete para ela”, relembra o autodidata Lino.
A costura da primeira peça, confeccionada em saco de trigo, revela como este estilo handmade (artesanal) se manteria em cada coleção estilista. “Na época, saco de trigo era de algodão puro. Comprei, tingi, fiz um degradê e comecei a trabalhar a peça com barbante. Ficou lindo. Todo mundo amou e começou a pedir. Assim começou.”
Hoje, basta ‘folhear’ as peças Lino Villaventura para entender porque ele foi escolhido em 1989 pelo Itamaraty para representar o Brasil na feira de moda World Trade Fashion Fair, no Japão.
Foi exatamente criação descompromissada e única de Lino que seduziu os fashionistas. “No começo, diziam que meus desfiles eram quase teatro, mas para mim tudo está sempre muito ligado. Como eu não fazia parte de nenhuma ‘escola’ de estilismo, era livre para criar. E o Brasil precisava desta originalidade”, conta ele, que ganhou este ‘nome artístico’ de um jornalista cearense.
“As mulheres começaram a ver o colete que criei para a Inez e me pediam para criar algo para elas. A coisa foi ficando séria e virou uma febre em Fortaleza. Minha casa virou ponto de encontro e foi parar no jornal”, conta Lino, que, por morar no bairro Vila Ventura, ganhou o sobrenome. “Lino era como me chamavam na infância por causa do Marcelino Pão e Vinho. E o Villaventura pegou. No início não gostei, mas hoje não imaginaria ser chamado de outra forma.”
Visuais. Flertando com as artes plásticas, o cinema, a arquitetura, as formas criadas por Lino brincam com o ‘espaço’ e tempo da moda. “Meus interesses são múltiplos. Moda está em toda parte. Só agora o brasileiro começa a ter cultura de moda. É um momento especial. Tem taxista que conhece minha marca. Até de faxineiras já ouvi elogios, mesmo sem que soubessem quem sou.”
Para o estilista, a moda, mais que ao bolso, deve ser acessível aos sonhos. “Isso começa na minha vitrine. Há quem passe na frente da loja e pare só porque gosta do colorido. Não importa se não podem comprar hoje, mas sim que pensam: ‘Um dia vou comprar um Lino Villaventura’.”
Para os que são fãs da toy art, Lino também cria sonhos possíveis. “Já tinha criado uma coleção inspirada no tema. Agora criei o Puke, um bonequinho que é a minha cara. Como disse, está sempre tudo ligado.”

terça-feira, outubro 19, 2010

Encontro Paraense de Moda e Artesanato


Tendências, produção, jornalismo especializado são alguns do temas que compõem a 12ª edição do Encontro Paraense de Moda e Artesanato – EPAMA, evento que acontecerá durante a 4ª edição do Amazônia Fashion Week, realizado pela Ong Costamazônia, de 07 a 13 de novembro. Com o tema “Caminhos da Moda” o evento pretende reunir profissionais, estudantes e todos os que se interessam por moda no Pará.
“Quando iniciamos o Encontro de Moda, em 2003, a região não tinha nenhuma organização para a produção e comercialização do artesanato voltado para a moda. Como um dos objetivos do evento sempre foi o de sedimentar a produção da indústria de moda local e conduzir para a formação de um pólo de moda na Amazônia, entendo que temos conseguido alcançar nosso intento, pois o que se tem visto é a criação de vários grupos organizados como o Moda Pará, Moda Mix e Caixa de Criadores, que certamente vieram como conseqüência do movimento de moda que iniciamos na região e muito nos orgulha estarmso já na 12ª edição do EPAMA e na 4ª do Amazônia Fashion Week, contando com o apoio do SEBRAE e do Hangar, parceiros desde o início dessa investida.”, afirma Felicia Assmar Maia, coordenadora geral dos eventos.
Nesta edição, o EPAMA acontecerá durante todo o dia 12 de novembro, na Faculdade Estácio FAP, com a presença de profissionais conceituados aqui no Pará e fora dele. A jornalista paulista Simone Esmanhotto virá à cidade para ministrar um workshop sobre “Jornalismo de Moda”; a designer e estilista Mônica Martins, também de São Paulo, discutirá “Formação de Tendências e Coleções”, além de dois paraenses, o professor e arquiteto Erivaldo Araújo Junior, com o workshop intitulado “A mulher de 10 cabeças: noções de croquis de moda” e a e estilista Graziela Ribeiro, com “Produção de Moda para desfiles e editoriais”. As inscrições, que são limitadas, estão abertas na sede da Ong Costamazônia, na Rua Manoel Barata 1241, fones (91) 32241812/84216357.
A ideia dos workshops é debater a moda na região amazônica, já que nos últimos anos tem havido um aquecimento do mercado de moda na região. O evento tem como enfoque as diversas rotas que a moda segue hoje, não só como estilo de vida, mas também profissionalização e sustentabilidade. Realizado desde 2003, o EPAMA tem como objetivo proporcionar novos conhecimentos sobre moda e capacitar mão-de-obra local. “Nosso objetivo é transformar Belém em referência na criação de moda autoral de qualidade, com peças que transmitam o viver da Amazônia”, finaliza Enilda Carriço, estilista da Costamazônia, que vai apresentar no Amazônia Fashion Week, uma coleção inspirada no cinema como meio de difusão de moda.

Serviço:
Encontro Paraense de Moda e Artesanato – EPAMA (12ª ed) – Dia 12 de novembro, na Faculdade Estácio FAP, de 8h às 19h.
Inscrições: Rua Manoel Barata, 1241 / sala 3 (sede da ONG Costamazônia)
Informações: 3224-1812 / 8421–6357 e no site www.amazoniafashion.com.br

Texto: Luciula Romana, assessoria de imprensa do evento
Foto: Divulgação

quinta-feira, outubro 14, 2010

Pós-graduação em Comunicação e Cultura de Moda


Para os profissionais que utilizam a moda como forma de expressão, o Centro Universitário Belas Artes de São Paulo abre inscrições para o curso de Pós-graduação Comunicação e Cultura de Moda. O objetivo é contribuir na formação de profissionais criados por uma cultura de pesquisa e imagem de moda contemporânea, estimulando o enriquecimento do repertório de referências para pesquisa e exercitando a realização de projetos de imagem e comunicação.
O curso tem duração de três semestres, totalizando 420 horas. As aulas são nas segundas, quartas e um sábado por mês das 19h às 22h40. A inscrição é feita pela internet no site da instituição.

Serviço:
Centro Universitário Belas Artes de São Paulo
Pós-graduação Comunicação e Cultura de Moda
Carga horária: 420 horas
Semestres: 3
Período: segunda , quarta e um sábado por mês, das 19 às 22h40
Investimento: 20 parcelas de R$ 877,50

Texto: site Carreira Fashion
Foto: Divulgação

Katy Perry e o look do dia

Dica do Degradê da Moda para usar à noite. Um look da cantora Katy Perry, inspirado nos modelitos da boneca Barbie, by The Blonds (grife americana).

Corset cravejado de cristais Swarovski
A origem da inspiração: barbies

terça-feira, setembro 21, 2010

Veús islâmicos e a última moda

Eu estou disposta a experimentar essa moda e aposto que muitas de vocês também. Acho chique, sempre achei chique quando via estrelas como Marilyn Monroe e Sophia Loren usando véus (trançados no pescoço e combinados com óculos escuros) no cinema.
Por isso, concordo que a moda tradicional dos véus usados peloas mulheres islâmicas pode ser fashion sim. Moda essa, é importante dizer, símbolo machista para muitas feministas. Mas ao invés de rasgá-los ou queimá-los em praça pública, uma estilista belga mostrou, na última Semana de Moda de Paris, que eles tem muito estilo e glamour.
Depois dessa dica, dá até vontade de sair por aí usando veús de todos as cores e estampas. Que tal, vamos reinventar o uso do véu islâmico? Ah, e antes que eu me esqueça: abaixo o preconceito!

bjs

Veja a matéria da BBC:



Uma estilista belga está ganhando reconhecimento internacional com uma coleção de véus islâmicos feitos para a mulher moderna. As peças utilizam tecidos maleáveis e trazem detalhes inusitados, que os diferenciam dos hijabs tradicionais.
"Já passou da hora de as pessoas entenderem que o hijab não é um símbolo de opressão contra a mulher muçulmana, mas uma escolha que ela faz", diz Fatima Rafiy.
A estilista belga acredita que o hijab (que cobre parcialmente o rosto) é um acessório que pode ser usado não apenas por jovens muçulmanas como também por não-islâmicas. Para provar isso, ela criou, juntamente com a sócia Inge Rombouts, a grife NoorD'Izar.
Na coleção de Rafiy, as cores sóbrias dão lugar a tons de roxo, verde e prata. Um modelo indicado para a prática de esportes é feito de tecido mais maleável, de fibras sintéticas como elastano e viscose stretch.
Outros hijabs trazem detalhes inusitados como pele falsa de animal e espaço para encaixar os óculos (tarefa mais complicada nos véus tradicionais).
"Com as minhas criações quero dar às muçulmanas algo novo, contemporâneo, que elas possam usar com orgulho", diz a estilista.

A ideia deu certo. E os hijabs criados por elas extrapolaram a comunidade muçulmana e começaram a fazer sucesso entre não-islâmicas.
O reconhecimento começou na própria Bélgica assim que lançaram a coleção, em abril de 2009. Em seguida, vieram elogios e encomendas de outros países, principalmente depois que elas apresentaram as peças na Semana de Moda de Paris, neste ano.
Segundo Rafiy, sua coleção tem apelo para o público não-muçulmano.
"Acho que elas (não-muçulmanas) gostam porque são peças diferentes de tudo. Alguns modelos, como o Jazz e o Jady, podem ser um ótimo acessório para não-muçulmanas que querem acrescentar algo ao visual", diz Rafiy. Para a estilista, a nova coleção, que será lançada em dezembro, faria sucesso no Brasil.
"São hijabs coloridos e divertidos, que combinariam perfeitamente com a personalidade dinâmica das brasileiras."

Fotos: Divulgação

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